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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Barba e Cabelo!

O Coritiba fez valer a lógica no Atle-Tiba de ontem no Couto Pereira. Venceu por 4x2 com todos os méritos de melhor equipe do Campeonato Parananense de 2011 e conquistou de forma invicta o primeiro turno da competição com uma rodada de antecedência.
O time alviverde foi melhor desde o início do clássico, tomando a iniciativa e contando com a passividade do Atlético que tentava garantir-se no campo defensivo sem sair para o jogo. Com bom toque de bola e velocidade nas jogadas de ataque o Coritiba abriu o placar aos 17' minutos com Bill aproveitando um dos muitos apagões da defensiva do Furacão. O atacante coxabranca recebeu sózinho no interior da área, dominou arrumou para o pé esquerdo tirando o goleiro Silvio da jogada e chutou para o fundo da meta. Rafael Santos e Paulinho que deveriam marcá-lo estavam fora da jogada.
Cinco minutos depois, ao 22' foi a vez de Jonas aproveitar o péssimo posicinamento da defensiva atleticana, uma das piores do Campeonato para ampliar para 2x0 e dois minutos mais tarde, aos 24', Davi não precisou saltar para de cabeça fazer 3x0 no aparvalhado time da Baixada.
Um passeio co Coxa! Mas o time alviverde cometeu o erro de considerar o jogo encerrado muito cedo e aos 47' num cochilo da defensiva do Coritiba Nieto de cabeça descontou para o Atlético. No intervalo Leandro Niehues, o técnico interino do Atlético, tirou Marcos Pimentel e poderia escolher qualquer um dos defensores para sair e colocou Kleberson para atuar como volante puxando Fransérgio para atuar pelo lado direito da defesa.
Logo a dois minutos da segunda etapa nova bobeira de marcação alviverde e de novo Nieto de cabeça diminuiu para 2x3. Aos 14' Leandro Niehues tirou Vitor e colocou Heracles para dar mais velocidade ao jogo, mas o Coritiba não estava morto, aos 21' o treinador Marcelo Oliveira tirou Marcos Aurélio e colocou Marcos Paulo no jogo. Deu certo e o Coxa ampliou aos 27' com Davi aproveitando mais um vacilo da zaga rubronegra para sozinho receber pela esquerda e emendar para o canto alto direito da meta e decretar 4x2 Coritiba.
Para piorar as coisas para o Atlético Niehues sacou Paulo Baier, contundido, aos 26' para colocar Guerrón no jogo. O equatoriano ficou em campo sete minutos até acertar o zagueiro Pereira do Coritiba com uma cotovelada e ser expulso de campo aos 33', não sem antes empurar o Assistente Marcos Rogério da Silva. Um papelão de um jogador que não consegue justificar sua permanência no Atlético.
Com um homem a mais Marcelo Oliveira tirou Léo Gago e colocou Tcheco para valorizar a posse de bola e Anderson Aquino no lugar de Davi para manter a movimentação ofensiva. O clássico teve 22.195 pagantes para um público total de 24.704 pessoas para uma arrecadação de R$ 543.010,00.
Agora o Atlético deve finalmente acelerar a contratação de um treinador mais experiente e de bons jogadores para reforçar a equipe com vistas a tentar vencer o returno e montar uma equipe competitiva para o Brasileirão.

Operário o Melhor do Interior

Em Ponta Grossa o Operário quebrou um tabu de 30 anos e de virada venceu o Irati por 2x1 assumindo a viceliderança do Campeonato. Silvio abriu o placar para o Azulão e Diego Martins de penal e Ícaro de cabeça deram a vitória ao Fantasma que no final de semana encara o Corinthians Paranaense em Vila Oficinas dependendo apenas de si para terminar o primeiro turno como lider do interior do Estado.
Já o Paraná Clube confirmou em Arapongas que é disparado o pior time do Estadual. Perdeu por 1x0 para o time da casa e garantiu um recorde negativo inimaginável para um clube da tradição que conquistou ao longo de sua existência. Disputou 30 pontos e ganhou 2! Tem um desempenho pavoroso: tomou 21 gols, marcou 6, tendo um saldo de menos 15 gols.
E a Diretoria ainda vai decidir se contrata um treinador e quando vai montar um time para tentar sair da zona de rebaixamento. A situação do clube tricolor é trágica, o time respira por aparelhos e é grande candidato à Divisão de Acesso em 2012.
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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Quem manda em casa?

O Operário conquistou mais uma vitória fora de casa, 4x2 contra o Cianorte. E não foi uma vitória qualquer foi um passeio no, até então, melhor time do interior. Maravilhoso o Fantasma fora de casa, 86% de aproveitamento! O time alvinegro encheu o coração de seus torcedores de alegria e demonstrou que seu elenco é altamente qualificado pois ninguem tem a melhor campanha fora de casa por acaso.
Maravilhoso. Mas não há como dissociar esse time daquele que em quatro jogos dentro de casa perdeu tres com aproveitamento doméstico de 25%.
Não há como se deixar de perguntar: - agora vai?
Vamos ver o time jogando no Germano Krüger como joga fora de casa, vamos ter contra o Iraty o Operário jogando da forma como atuou contra o Atlético-Pr dentro ou contra o próprio Cianorte fora?
Contra o Atlético-Pr e contra o Cianorte o técnico Amilt on Oliveira acertou na escalação e nas modificações e merece elogios por isso, mas ninguém esquece atuações como aquelas contra Arapongas e Paranavaí dentro de casa quando o mesmo treinador escalou mal, mexeu mal e mereceu muitas críticas por isso.
E mais, se não vencer Iraty e Cortinthians-Pr no Germanão vai ser criticado sim, pois está claro, até agora, que o Operário tem um elenco qualificado técnicamente, com opções para variações técnicas e táticas, mas que encontra muitas dificuldades para atuar bem justamente dentro de casa perante um público maravilhoso que sempre incentiva e empurra o Fantasma.
Portanto mais do que natural que os torcedores e a imprensa questionem o trabalho da Comissão Técnica nos jogos domésticos afinal, quem gosta de apanhar em casa?
Agora o Fantasma vem embalado após vitórias contra o Paraná Clube e o Cianorte mas tropeços nos dois jogos dentro de casa podem quebrar novamente a confiança do torcedor e claro da própria imprensa.
É bom tambem que se diga que quem ganha jogo são os jogadores dentro do campo e que treinador e membros da Comissão Técnica podem contribuir para isso, como também podem fazer com que o grupo tenha mal desempenho se não souberem adotar o discurso apropriado a cada situação. Aliás é bom que se reconheça que o Professor Jair Pereira esteve presente nos melhores momentos do Operário este ano, motivando o grupo na obtenção de pontos importantíssimos. Tomara que isso aconteça também dentro e casa nos dois próximos domingos. O torcedor merece!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Atle-Tiba dá prá ignorar?

Terminado o jogo Coritiba 3x0 Paranavaí os repórteres fizeram a inevitável pergunta ao treinador Marcelo Oliveira do Coritiba: e o clássico de domingo Professor?
- Estamos focando antes o jogo contra o Ypiranga de Erechim pela Copa do Brasil, só após estaremos pensando no Atlético.
Muito ético claro, e próprio de treinador de time que disputa mais de uma competição e tem que demonstrar respeito e interesse em todas as frentes. Mas alguém consegue acreditar que algum jogador, Diretor, membro de Comissão Técnica ou torcedor dos maiores clubes do futebol paranaense consegue "esquecer" do Atle-Tiba de domingo?
- É claro que não. Com todo respeito que a Copa do Brasil merece, ainda tem o jogo de volta. Neste Atle-Tiba não. Ele decide matemáticamente o título do primeiro turno do Estadual e convenhamos é a oportunidade que o Atlético tem de empanar o passeio que tem sido a campanha alviverde no Campeonato.
Por tudo que vimos até aqui o Coritiba está com a faca o queijo e vinho na mão, mas quem disse que esse clássico em particular respeita campanha ou "melhor momento".
O Coxa tem sido um exemplo de conjunto, de equipe entrosada, mas alguem pode ignorar a fase de Paulo Baier, não por acaso artilheiro do Campeonato?
Quem de verdade está preocupado se o Atlético-Pr já terá anunciado o nome do novo treinador até o domingo. E Marcelo Oliveira estará tranquilão porque o aproveitamento do time é ótimo? - É claro que não o clássico muda tudo. O bom humor do torcedor acaba quando a bola rola e só retorna se o time vence. Se perde o jogo perdeu a batalha mais importante do turno.
Até ouvimos que todos os jogos valem tres pontos então é tudo igual, certo? - Errado. Sucesso de verdade é levar o caneco e vencer o clássico maior. Portanto essa semana mais longa para o Atlético que não joga pela Copa do Brasil e cheia de obstáculos para o Coxa que viaja, concentra, joga e retorna em vôo rasteiro só terá final feliz para quem vencer, ou para o Coxa se empatar porque aí entra de sangue doce lá em Cianorte e com presença garantida na final do Campeonato.
Dá para ignorar isso tudo?

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Quem foi Germano Krüger?

Amigos, transcrevo neste espaço matéria assinada por Aryson Franco que tras ao conhecimento de todos quem foi Germano Krüger, esportista que dá nome ao Estádio do Operário Ferroviário Esporte Clube.
Ivan Vinicius.


QUEM FOI GERMANO KRÜGER
Aryson Franco*

Lá pelos idos de 1920 a então Companhia de Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande que passava por Ponta Grossa-Pr, contratou o Técnico em Estradas de Ferro, Locomotivas a Vapor e respectivo Material Rodante Sr. Germano Krüger, recém chegado da Alemanha.
O referido técnico não só chefiava as Oficinas de Reparação de Locomotivas, Carros e Vagões de Ponta Grossa-Pr, como também era o Chefe da locomoção, isto é o responsável pelo tráfego de trens de Ponta Grossa-Pr até Porto União-SC, bem como de Ponta Grossa até Jaguariaíva no norte do Paraná.Germano Krüger morava nas imediações das Oficinas da Rede em casa da Companhia, muito bem construída e dotada de piscina e quadra de tênis pois Germano Krüger era amante de natação e tênis além é claro de futebol, esporte bem difundido entre os funcionários da Estrada de Ferro, pois desde 1912 já existia o Operário Ferroviário Esporte Clube, xodó dos trabalhadores da Companhia.
Como o campo do Operário situava-se na época em terreno localizado onde atualmente está o Cine Teatro Pax e havia um projeto para a construção de casas para os operários da Oficina naquele mesmo local, necessário se fazia encontrar outro local para a construção de um Estádio que além do campo de jogo tivesse também a respectiva arquibancada e demais melhorias afins.
Aqui veio a visão do cidadão e empreendedor Germano Krüger que observando a área próxima das Oficinas da Rede Ferroviária, embora tratando-se de terreno banhado e quase intransponivel devido a vegetação e a presença de animais peçonhentos além de um pequeno córrego perene ali existente.
Pensando muito no assunto Germano Krüger esperou a visita de seus superiores, fato que ocorria periodicamente e então apresentou a eles um projeto para a construção ali naquele local de um campo de futebol para o tão necessário lazer dos empregados da Estrada de Ferro sediados na região de Ponta Grossa.
Qual não foi sua surpresa ao receber o aval de seus superiores que ainda lhe delegaram poderes para que contratasse mão de obra e o que mais fosse necessário para a execução da obra.O início da construção deu-se em meados d e 1939 e a primeira providência tomada foi a construção de um pequeno ramal ferroviário desde a Oficina até o banhado para que uma pequena locomotiva pudesse tracionar dois vagões gôndolas (de bordas baixas e de mais ou menos 22 toneladas cada um), os quais transportavam pedras para inicialmente construir galerias para a respectiva drenagem do terreno. Feitas as galerias veio a fase de aterramento para que o terreno de 45.700 m² ficasse na altura desejada. O restante do trabalho constou de acabamento no terreno, plantio de grama e construção da cerca em volta do campo, além do plantio de mil pés de ciprestes importados da Europa e colocados em volta do terreno.
Como fato pitoresco conta-se que por ocasião da contratação de mão-de-obras para a construção da obra muitos jovens que na época estavam desempregados não aceitaram o emprego por serem torcedores de outros clubes rivais do Operário como: Olinda E.C., União Campo Alegre e Guarani E.C. e que não se dispunham a trabalhar para ajudar um time adversário no caso o Operário Ferroviário E.C..
Observe-se que a construção do Campo do Operário deu-se exatamente no período da 2ª Guerra Mundial, tendo ficado pronto em 1942. Posteriormente veio a campanha para a construção da Arquibancada que na época era de madeira e cuja mão-de-obra mais uma vez ficou por conta dos carpinteiros das Oficinas da Rede Ferroviária.
Por ser de nacionalidade alemã e pela época em que aconteceram os fatos o nome de Germano Krüger ficou esquecido pelas autoridades e até pelo povo da época e por volta de 1953 por motivos políticos o Estádio do Operário Ferroviário recebeu o nome de um dos mais brilhantes paranaenses o Dr. Bento Munhoz da Rocha Neto, nome que manteve-se até meados de 1970 quando um grupo de conselheiros do Operário liderados por um ferroviário e dentista o Dr. Gerson Meister conseguiu fazer justiça a memória deste grande desportista, idealista e ferroviário GERMANO KRÜGER perpetuando com seu nome a praça de esportes do Operário Ferroviário Esporte Clube!


*Aryson Franco é ferroviário aposentado da Rede Ferroviária Federal, tendo trabalhado por 33 anos nas Oficinas da Rede em Ponta Grossa no período de 1953 a 1985 onde iniciou como Auxiliar de Artífice chegando a Supervisor Geral de Manutenção. Alguns dados menciondos neste artigo foram compilados do Livro "Futebol Ponta-grossense, Recortes da História" do escritor José Cação Ribeiro Junior.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

SINAL VERDE

O Coritiba vai seguindo com muita tranquilidade em direção ao título do primeiro turno do Campeonato Paranaense e muitas vezes tem-se a impressão de que as demais equipes jogam a favor do alvi verde do Alto da Glória.
O Atlético, sob o comando de Sergio Soares, não conseguiu acompanhar o desempenho de seu rival e permitiu uma diferença de cinco pontos em apenas sete rodadas. E agora o time rubro negro da Baixada pode ajudar muito o Coxa, basta vencer o Cianorte quinta-feira na Arena e com uma vitória do Coritiba contra o Corinthians Paranaense o time verde abre quatro pontos para o Cianorte. Aí o Atle-Tiba pode decidir o primeiro turno pró Coritiba com um simples empate pois o saldo de gols já favorece muito o Coxa.
Essa analise simples demonstra que ninguem considerou melhor a vantagem de vencer o primeiro turno e garantir-se na decisão do Estadual com onze rodadas de antecedencia do que o Coritiba. Fato que se sedimenta nas ações da Diretoria alvi verde no final da temporada 2010. Enquanto Atlético e Paraná Clube deixavam contratações para o início de 2011 o Coxa montava seu elenco antecipando inclusive a contratação do treinador Marcelo Oliveira que participou do planejamento do clube para 2011 em companhia de Ney Franco, numa transição que trouxe bons frutos para todo Departamento de Futebol. O resultado fica claro na observação da tabela classificatória do Paranaense.
No Atlético-Pr Sergio Soares foi bom para manter o desempenho de Carpegiani e sábio para não mexer no time. Quando perdeu jogadores importantes que deixaram o elenco rubro negro ficou claro que o treinador não tinha soluções para suprir as ausencias ou até para sugerir contratações. E agora o Atlético vai começar de novo e precisa faze-lo acertando na contratação do novo comandante técnico que terá a missão de vencer o segundo turno local e projetar um time competitivo para o Brasileirão.
E o Paraná Clube? Até recentemente seria impossivel fazer uma projeção do Campeonato Estadual sem falar praticamente nada do clube tricolor. O Paraná Clube era sempre candidato ao título. Mas o tricolor das vilas vem perdendo competitividade a cada temporada e esse ano chega a sétima rodada como um dos maiores candidatos a uma das vagas para a Segunda Divisão. E se isso já incomodava muito o torcedor paranista, hoje os problemas de Vila Capanema explodiram na entrevista coletiva concedida pelo técnico Roberto Cavalo que criticou publicamente o Diretor de Futebol Paulo Cesar Silva. O Estádio Durival Bito transformou-se em lavanderia com a roupa suja ficando exposta ao público.
E tudo na véspera de mais um jogo decisivo para o time tricolor que encara o Operário Ferroviário que promove a estréia do meia Ceará e do atacante Ícaro e joga pressionado por sua torcida que exige vitória após ver o time perder mais uma vez dentro de casa, sábado 2x1 para o Paranavaí. A campanha do Fantasma dentro de casa é ridícula, jogou quatro vezes e perdeu tres, mas surpreendentemente, fora de casa o aproveitamento do time pontagrossense é muito bom: tres jogos duas vitórias e um empate. Ou seja, o jogo será de suma importancia para os dois times e poderá decidir o destino de um dos treinadores, alem de influir muito na sequencia das equipes na competição.
Os pontos corridos começam a deixar muita gente com a pulga atras da orelha e para aqueles que acham que "ainda é muito cedo", sempre vale lembrar que os pontos de agora valem exatamente o mesmo que os pontos que estão para serem disputados mais a frente.