Mais de 60 jogos em 2011

O final de ano chega com bons motivos para comemorar. Os tres clubes da capital paranaense mostraram evolução nesta temporada. O Atlético que brigou para não cair em 2009 chegou em quinto este ano e ainda revelou bons jogadores vindos da base, o Coritiba que caiu para a segunda divisão em 2009 sagrou-se campeão da Série B e retorna com a espinha dorsal do time vencedor. Com boas contratações pode pensar em boas participações nas competições previstas para 2011. O próprio Paraná Clube que em 2009 quase caiu para a Série C este ano terminou na sétima posição, embora comece 2011 sem maiores perspectivas já que o orçamento para o futebol deve ser reduzido em muito para a próxima temporada.
A grande preocupação para o "trio de ferro" está no calendário para 2011. Serão 22 jogos pelo Campeonato Paranaense e 38 jogos pelo Campeonato Brasileiro ou seja 60 jogos na temporada, sem contar com a Copa do Brasil que terá no mínimo dois jogos para cada equipe e no caso do Atlético Paranaense a Copa Sulamericana. Se subtrairmos os trinta dias de férias que são concedidas aos atletas teremos um jogo a cada 4 ou 5 dias!
Mais que desgastante o calendário é preocupante. A preparação física precisa ser cientificamente perfeita para que não ocorram lesões ao longo do ano. Só para lembrar o que o excesso de jogos pode acarretar vale lembrar os casos de Claiton e Marcio Azevedo, jogadores do Atlético Paranaense; o volante Clayton ficou de fora do time durante praticamente todo o Brasileirão e só agora retorna. O lateral esquerdo Marcio Azevedo alem de ficar de fora da maior parte do Brasileirão ainda deixou o time ao final da competição e foi para o Botafogo-RJ.
Claro que o excesso de jogos prejudica a todos, mas os grandes clubes que têm calendário garantido para o ano inteiro sofrem muito mais com o desgaste de seus jogadores.
Ora, se mesmo quando não tínhamos tantos jogos previstos já vimos clubes utilizando as chamadas equipes "B", imagine-se agora com tantos jogos para disputar...
Certamente teremos grandes mudanças de critérios ao longo do ano com Diretores e Técnicos que imaginavam atravessar a temporada com elencos "enxutos" formados com menos de 30 jogadores, número certamente inviável para a maratona de mais de 60 partidas.
Ainda é cedo para conclusões mas certamente ainda ouviremos muitas reclamações por parte de membros de Comissões Técnicas que serão afetados pelo desgaste que tantos jogos acarretam nos jogadores que apesar de toda a preparação ainda são seres humanos.