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domingo, 3 de outubro de 2010

Carpegiani não resistiu...

Paulo Cezar Carpegiani não é mais treinador do Atlético Paranaense. Também ele sucumbiu a força financeira. Há poucos dias Carpegiani declarou que não ficaria no cargo após o final do Campeonato Brasileiro e deixou claro que assumiu com uma missão; tirar a equipe da Zona de Rebaixamento. O que convenhamos conseguiu com todos os méritos. Procurado pela imprensa o Presidente Marcos Malucelli disse que o Contrato do treinador findava com o término do Brasileirão e que havia tempo para negociar uma renovação.
Tudo certo, não fosse o fato de que estamos Brasil terra onde poucos, pouquíssimos resistem a uma poupuda proposta financeira. Vamos colocar isso em números: o Atlético-Pr paga salário de mais ou menos 120 mil a Carpegiani e faltam dois meses para o término do contrato, firmado na base da desconfiança, ou seja se o Atlético-Pr realmente acreditasse no treinador teria firmado contrato por no mínimo uma ano. E se o treinador tivesse perdido 5 ou 6 jogos teria sido demitido, como aconteceu com Antonio Lopes. Tudo dentro da cultura futebolística brasileira. Mas o técnico surpreendeu e deu mais certo do que se acreditava. Aí vem o São Paulo e coloca 1 milhão de reais de luvas nas mãos do treinador, oferece um contrato até o final de 2011 e salários de 500 mil mensais ao técnico.
Claro que foi assédio explícito, mas é de se perguntar: dá prá resistir? Para Carpegiani não deu. A multa rescisória deve ser igual ao salário restante, ou seja 240 mil reais. E Carpegiani já disse que vai pagar...
Alguem está surpreso com a atitute da Diretoria do São Paulo, clube que sempre procedeu assim sem ética e pudor? Principalmente em relação ao Furacão? Claro que não! Minha gente, Carpegiani receberia mais 240 mil no Furacão nos próximos dois meses. Em duas horas de reunião com a Diretoria Sãopaulina faturou 1 milhão na hora e mais 800 mil nos próximos dois meses, devolvendo 240 mil sobra uma diferença de 1 milhão 560 mil reais!
Entendo a ira do torcedor rubro-negro em relação a Carpegiani pois ele representava a esperança de chegada ao G3 e a avaga para a Copa Libertadores mas é preciso analisar o que o Atlético-Pr fez com os vários treinadores que passaram pelo Clube nos últimos tempos. Pois é, não dá para exigir apenas que os treinadores tenham procedimento ético para com o clube é preciso reconhecer que nunca houve segurança para o cargo de treinador no Brasil vide Ney Franco no próprio Atlético-Pr ou Dorival Junior no Santos e esses são dos poucos a cumprir contratos e foram solenemente dispensados quando as Diretorias entenderam que não serviam mais...
É fácil dizer que Paulo Cezar Carpegiani não deveria ter saído mas no lugar do treinador quantos profissionais com vivência e experiência no futebol brasileiro resistiriam ao assédio?
Mas não dá para perder o foco. Rei morto Rei posto. A Diretoria atleticana precisa ser ágil pois a equipe está vivendo grande fase. A contratação de um novo técnico precisa ser rápida e correta para que o trabalho não sofra defasagem. Carpegiani já passou e o futuro é já!

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